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A Difícil Extinção

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A extinção é o ato de interromper um reforçamento. Costuma ser mais conhecida pelo público em geral como o ato de ignorar determinado comportamento que se deseja cessar. Entretanto, a extinção pode ter aspectos mais complexos que precisam ser considerados para ser realmente bem sucedida.

São três os aspectos envolvidos no conceito de extinção operante:

Primeiro aspecto: É preciso haver uma relação entre resposta e reforço já estabelecida. Por exemplo: sempre que o bebê vê um familiar usando um celular ele emite a resposta de levantar as mãozinhas, que é reforçado pelos familiares que lhe entregam o aparelho de celular para assistir vídeos no YouTube.

Segundo aspecto: Ocorre a quebra dessa relação de reforçamento. No exemplo do nosso bebê, isso equivaleria à mãe orientar que nenhum familiar entregue o celular para o bebê, interrompendo dessa forma a relação de reforçamento.

Terceiro aspecto: Modificações nas respostas produzidas por essa ruptura, tais como:
- Aumento da variabilidade: ao invés de apenas erguer, começa a balançar os braços, bater palmas, tentar alcançar o próprio aparelho de celular.
- Respostas emocionais (frustração), a criança começa a chorar, gritar e espernear buscando a resposta anterior.
- Enfraquecimento da resposta: diminui o ato de erguer os braços ao ver um familiar.

O padrão de enfraquecimento de resposta, de fato prevê uma explosão no aumento do comportamento tanto em frequência quanto em força, assim que o reforço é cessado. É nesse período que os cuidadores tendem a desistir de manter a extinção, pois se assustam com o aumento das respostas da criança. Ter a supervisão de um analista do comportamento é fundamental para validar se vale a pena utilizar essa estratégia, especialmente quando se trata de auto ou hétero agressão. A ABA oferece outras possibilidades de modificação do comportamento que abordaremos futuramente.